ATRATIVOS NATURAIS
A pesca com auxílio dos botos já faz parte da cultura lagunense e hoje atrai milhares de turistas para a cidade durante o ano todo. Estes mamíferos aquáticos são considerados os melhores amigos dos pescadores de Laguna. Os Botos são uma espécie de golfinhos, que nascidos nesta região e em contato diário com o ser humano, acabam perdendo o medo e juntos começam a trabalhar. Não se sabe ao certo quando começou esta parceria, mas de acordo com a cultura local, já faz muito tempo. O espetáculo da pesca em parceria com os botos só existem em três lugares no mundo: na Austrália, áfrica do Sul e em Laguna. Estima-se que há cerca de 40 botos nas lagoas da cidade e todos são reconhecidos pelos pescadores por seus respectivos nomes, colocados por eles mesmos, como o Tafarel e seu filhote Borrachinha, Canivete, Chinelo, Juscelino, Chega Mais, Galha Torta e outros. Os Botos nascem, crescem e desaparecem nas Lagoas da cidade. A pesca ocorre durante o ano todo, mas é nos meses de abril, maio e junho que se torna mais atraente, devido ao ciclo da tainha. Para assistir este espetáculo é só de dirigir até os Molhes da Barra. A pesca tainha é considerada uma forte atividade em Laguna, e tornou-se um dos pratos mais procurados na região.
» Fotos da Pesca com Auxílio dos Botos
Laguna está situada no limite sul da área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, que se estende do sul da Ilha de Santa Catarina até o Cabo de Santa Marta. Entre os meses de junho e novembro, as baleias procuram as águas quentes do litoral catarinense para procriar e amamentar os filhotes. A espécie em extinção que pode chegar até 18 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas. No período de criação de seus filhotes, a Baleia Franca aproxima-se da costa, podendo ser visualizada de até 20 ou 30 metros da praia. Depois da temporada de reprodução, as baleias retornam com seus filhotes para os mares frios ao redor de Antártida, executando uma viagem de mais ou menos 3.000 Km.
Um dos pontos fortes da economia de Laguna, além do turismo, é a Pesca Artesanal do Camarão. Praticada em alta escala, utiliza-se a técnica de iluminação a gás e a bateria à noite para atrair o crustáceo. A iluminação que cobre a lagoa dá a impressão de que existe uma cidade distante e iluminada principalmente às margens da BR-101. O "Camarão Laguna" é famoso e reconhecido como um dos melhores do Brasil.
Um dos maiores pontos turísticos de Laguna. A Pedra do Frade intriga tanto aos nativos quanto aos turistas que visitam o local, já que não existe explicação de como as pedras foram parar ali naquela posição, desafiando à gravidade. Trata-se de uma pedra retangular com 9 metros de altura por 5 de diâmetro, inclinada em relação ao solo rochoso onde esta em pé. No alto desta pedra, outro pedaço de rocha, menor, que curiosamente se equilibra sobre a primeira. Localiza-se na Ponta do Gi e tem este nome porque vista de longe lembra um frade franciscano.
é o ponto onde as águas das lagoas e do Rio Tubarão encontram o mar. Os molhes tem 1 km de extensão com acesso para carros de ambos os lados. O local é apropriado para a prática da pesca com caniço, linha e com tarrafa, inclusive a famosa pesca com auxílio dos botos, que interagem com os pescadores em plena e rara harmonia. é também muito visitado por surfistas e turistas de outras localidades, que vem desfrutar de horas de lazer rodeados por belas paisagens.
» Fotos dos Molhes da Barra - Laguna
Banhada pelo Oceano Atlântico, a cidade é cortada por duas grandes lagoas: a de Santo Antônio dos Anjos e do Mirim, de onde vêm a maior parte do pescado que sustenta a economia local.
Além de possuir um pôr-do-sol ímpar, pode-se apreciar a pesca artesanal do camarão durante a noite, ou de dia, com a pesca com o auxílio dos botos e a pesca da tainha de caniço ou linha.
Nas noites, o espetáculo fica a cargo dos pescadores de camarão, que os pescam artesanalmente, acendendo lampiões a gás para atrair os camarões e transformam as lagoas de Imaruí e Santo Antônio em tapetes iluminados.
Localizada às margens da Lagoa de Santo Antônio no centro da cidade, é o local onde pequenas embarcações ancoram, inclusive escunas que passeiam pela lagoa em direção ao alto mar. No passado também esteve ancorado nas Docas, o navio Seival, conduzido por Giuseppe Garibaldi. Um lindo local onde se pode apreciar o pôr do sol e durante a noite a Lagoa de Santo Antônio dos Anjos iluminada pela pesca do camarão.
Com 126 metros de altura, o Morro da Glória é o ponto mais alto de Laguna, onde se pode avistar todo o centro histórico, bairros, praias e lagoas. O acesso é fácil, a estrada que leva ao Morro da Glória é toda pavimentada com asfalto e lajota. Importante ponto turístico e local de fé. Lá está edificada a imagem de Nossa Senhora da Glória, idealizada pelo saudoso padre Gregório Warmeling, e construída em 1953 pelo casal alemão Alfredo Staege e Elisa Faccio Staege. O monumento possui 14 metros de altura. Muitos fiéis que alcançam graça, fixam placas de agradecimentos aos pés da imagem.
Estão localizados em Laguna os maiores Sambaquis (sítios arqueológicos milenares) do mundo. Só no Farol de Santa Marta existem 3 destes sítios, testemunhando a presença de povos pré-colonizadores europeus, que encontravam uma variada fonte de alimentos nos rios, lagoas e no mar. Durante muitos anos as conchas que formam os Sambaquis foram usadas na pavimentação de estradas ou fabricação de cal, mas com a aparecimento das leis de proteção, a destruição destas conchas foi sendo contida. Muitas peças encontradas nestes Sambaquis encontram-se no Museu Anita Garibaldi.
ATRATIVOS HISTÓRICOS
Considerado o maior das Américas, é o 3o do mundo em alcance, distante 17Km do centro da cidade, no Cabo de Santa Marta.
Foi construído em 1891, em pedra, areia, barro e óleo de baleia.
O farol possui 29 metros de altura, altitude de foco de 74 metros e alcance geográfico de 92Km, é a luz do Farol de Santa Marta que guia as embarcações, emitindo lampejos brancos e vermelhos a cada 15 segundos.
Quando foi inaugurado, em 11 de junho de 1891, era alimentado por querosene. Mais tarde, em 7 de fevereiro de 1941, recebeu energia elétrica. Atualmente possui três geradores de 15 KVA.
Uma escada em caracol, com 142 degraus, conduz os faroleiros ao topo do farol.
O acesso à torre do farol e as casas que compõe a estrutura está proibido pela Marinha, devido aos danos causados pelo descuido dos visitantes. Porém, o local é bastante procurado pelos turistas que encontram um belo cenário no litoral lagunense. O acesso é feito por uma estrada de terra batida, mas antes é preciso atravessar o canal da barra, um trecho de mil metros feito por balsa, onde o passeio já começa a valer a pena.
» Fotos do Farol de Santa Marta
As primeiras construções da "Vila" de Laguna eram de pau a pique, cobertas com palha, que aos poucos foram sendo substituídas por edificações de adobe, tijolo rústico um pouco maior que o normal, e pedra. Devido à influência dos alemães e italianos, a arquitetura eclética do Centro Histórico vem modificando aos poucos o espaço urbano, passando a aumentar o vazio entre as edificações. O estilo arquitetônico apresenta estilo clássico e gótico e se mistura com uma arquitetura cheia de ornamentação e decorativismo. Hoje o Centro Histórico apresenta em torno de 600 casarios e monumentos históricos tombados desde 04 de outubro de 1978 por parte do decreto lei da Prefeitura Municipal de Laguna. Em Novembro de 1985 foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O IPHAN possui sede em Laguna, e realiza diversos trabalhos e projetos de educação patrimonial, dentre eles o monitoramento a grupos de estudantes que visitam o Centro Histórico.
Domingos de Brito Peixoto, fundador da cidade, construiu em 1696 uma capelinha de pau-à-pique, denominada Igreja de Santo Antônio dos Anjos, que foi substituída em 1735 pela atual matriz. Os quatro altares laterais e a Capela do Santíssimo, toda folheada em ouro, formam com a Sacristia e o Batistério, a segunda parte mais antiga da Igreja. O padroeiro da cidade, Santo Antônio dos Anjos, ocupa o altar-mor da igreja.
A imagem esculpida na Bahia em cedro enviado de Laguna, e o altar entalhado em 1803, impressionam pela magnitude e perfeição. Outro detalhe importante é a capela do Santíssimo, considerada a mais bela da arquitetura catarinense.
No batistério, a pia batismal tem a forma de esfera e foi feita de um só bloco de rocha (gnaise). As torres foram edificadas apenas em 1894 e o relógio foi colocado em 1935. As imagens são peças artísticas, esculpidas em madeira e decoradas com ouro. Possui ainda, a famosa tela da Imaculada Conceição " La Madonna " do pintor catarinense Victor Meirelles, executada em Roma em 1856.
» Fotos da Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos
Prédio histórico construído em 1747 com a denominação de Paço do Conselho. Serviu de cadeia pública na parte inferior e, na superior de Câmara Legislativa.
Nesse prédio foi assinada e proclamada a República Juliana, em 1839, quando Santa Catarina separou-se do regime monárquico e em Laguna instalou-se a Capital da República Juliana. O museu foi fundado pelo Centro Cultural Antônio Guimarães Cabral em 1949 em homenagem ao centenário da morte de Anita Garibaldi, fechado por algum tempo, e aberto definitivamente para visita pública em 1956. Hoje o Museu conserva muitas peças de elevado valor histórico e arqueológico, como a mesa onde foi assinada a ata da Proclamação. O acervo eclético e rico é prova de que aqui circulava muita riqueza e muitas personalidades do velho mundo. Do alto da escada do prédio existe um sino que era conhecido pelos antigos moradores como “Sino do Povo”, pois as suas badaladas comandavam e regulavam a vida da população, ora mandando os habitantes se recolherem, ora chamando-os à reuniões.
Na praça em frente ao museu há uma estátua inaugurada em 20 de setembro de 1964 em homenagem a heroína.
A “heroína dos dois mundos”, como é chamada Anita Garibaldi também recebeu um espaço especial que conta um pouco de sua história. A casa transformada em relicário histórico foi construída em 1711 e foi onde Anita se vestiu de noiva para seu primeiro casamento. Os visitantes encontram móveis da época e utensílios pessoais, além de uma urna com terra do local onde Anita foi enterrada, no cemitério de Ravena, na Itália. Outra peça interessante guardada pelo museu é o mastro do navio “Seival”, uma das embarcações transportadas por Giuseppe Garibaldi desde o interior do Rio Grande do Sul para a tomada de Laguna.
Construída em 1866 pelo Tenente Coronel Joaquim José Pinto D'Ulysséa. A casa é uma réplica de uma quinta portuguesa, totalmente revestida com azulejos importados de Portugal. Uma casa de muito luxo para a época. Conhecida também como "Casa dos Azulejos", foi restaurada pelo IPHAN em 1982, já foi a sede da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo do Município e hoje, chamada de "Quinta da Cultura", é um local destinado à produção e comercialização de Trabalhos Artesanais, como a arte de vidro a fogo de Murano-Itália, produzidos por grupos organizados e oficinas de programas sociais do município.
Localizado junto ao cais da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, o Mercado Público, além de ser um dos cartões de visita da cidade, é ponto de referência para a comercialização de diversos produtos, inclusive o pescado. Inaugurado no ano de 1957, o atual mercado foi construído para substituir ao antigo, uma construção de 1897, destruído por um incêndio no dia 20 de agosto de 1939. Atualmente está passando por um processo de revitalização, está sendo totalmente recuperado.
Antes mesmo de ser colonizada Laguna já entrava para a história como limite territorial entre Portugal e Espanha. O monumento foi erguido em 07 de junho de 1975 para lembrar a assinatura do Tratado de Tordesilhas, firmado entre Portugal e Espanha, em 7 de junho de 1494, que estabelecia uma linha imaginária 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde, sendo que as terras a leste desse meridiano pertenceriam a Portugal. O trecho de terra limitado pelo tratado se estendia de Belém do Pará, ao norte, até Laguna, ao sul.
Construída por escravos em 1863, é também chamada de Fonte dos Namorados. A fonte foi ampliada no ano de 1906 e restaurada em 1990.
Diz o ditado popular que "Quem bebe desta água sempre retorna a Laguna e seus amores".
Segundo historiadores foi a água desta fonte, que nasce da terra, quem motivou a localização da cidade por seu fundador.
O local dispõe de várias torneiras, onde hoje ainda a população busca água para beber.
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Pesca com botos 
